Sonhos Recorrentes

 


Devido à minha jornada no Yoga, e adicionada a isso, minha jornada Reikiana (tanto Xamânico quanto Usui), comecei a prestar atenção nos meus sonhos com mais frequência. Inclusive, é isso até que nossos mestres nos pedem, que anote. E sim, no estudo de Yoga, estudamos vários aspectos da pscicologia no curso de Yogaterapia (o que não nos capacita para Psicólogos, mas para Yogaterapeutas, deixo claro para não confundir).

Confesso que não anoto todos os dias, porque não costumo ter sonhos recorrentes. Todo dia costuma ser uma novidade, uma aventura. Raramente tenho pesadelos (ou ao menos, lembro de tê-los), mas em compensação quando tenho parecem muito reais até porque tento acordar e fico paralisada por alguns segundos com o inconsciente funcionando. Só quem já passou por isso para saber o terror que é, não poder se mexer, e a imagem da sua mente se materializar na sua frente como se fosse real.

É assim a nossa mente! Ela trabalha constantemente, e não podemos pará-la. Costumo falar na Meditação que a melhor maneira de controlar a mente é não controlá-la, ou seja, reconhecer o pensamento, aceitar, agradecer pelo aprendizado, e deixar ir se não nos cabe. Brigar com o pensamento é manter o pensamento. Aceitar, é deixá-lo passar.

Mas voltando aos sonhos, quando era criança, até meus 16, 17 anos, eu conseguia, inclusive, controlar para onde eu ia no sonho. Interessante que ainda não tinha estudado sobre o assunto (e quando se estuda, se aprende que pode sim monitorar o sonho conscientemente). Essa minha habilidade antiga anda meio adormecida, talvez pela torrente de acontecimentos e experiências dos últimos 35 anos. Mas tenho fé em recuperá-la gradualmente.

Sobre os sonhos recorrentes, quem os tem, e se pergunta se significa algo, a resposta é sim. No entanto, já li num artigo que Carl Jung, que tanto estudou o significado dos sonhos e sua representatividade, tinha verdadeiramente pavor desses dicionários de sonho. Já Sigmund Freud veria o sonho como uma interpretação pungente de um desejo, no entanto, para quem lê Freud, tudo é desejo, tudo é reprimenda, tudo é manifesto. Nada contra, apenas linhas diferentes de estudo numa mesma área.

Eu tenho mais apreço pela linha Junguiana, que é mais sutil e inclusive, Jung estudou Yoga, o que gera a minha identificação com seus estudos. 

Realmente, muito do que se tem escrito estilo "receita de bolo", mais atrapalha do que ajuda. A questão é prestar atenção. Exemplo: se você sonha recorrentemente com uma pessoa, vamos dizer que um homem, alguns dicionários poderiam interpretar como uma paixão que está chegando, ou como algum bom presságio na sua vida, ou alguma insegurança. Mas talvez, aquele homem, especialmente se vc é mulher e ele não tem um rosto reconhecível, pode ser você mesma. Pode ser você, encarando uma situação por uma outra ótica.

É como na questão da nossa luz e nossa sombra tudo somos nós. Claro que o subconsciente pode pregar peças, as vezes o sonho é só uma projeção de memórias de algo visto no dia, ou lido, ou assistido. Acontece. porque é um mix. Legal mesmo, é como falei no primeiro parágrafo, anotar, da melhor maneira que lhe cabe, e do qual se lembra, e depois verificar. Se você estiver consultando um profissional de psicologia, melhor ainda, leve até ele (a/x) e veja seu ponto de vista.

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